quarta-feira, 20 de abril de 2011

Marcelo Moda, coordenador de Bocha em Jundiaí


Coordenar e aprender

O Educador Físico Marcelo Moda administra as equipes de bocha e malha de Jundiaí e faz planos para que modalidades ganhem espaço

Marcelo Moda aceitou coordenar as equipes de bocha e malha de Jundiaí, mesmo sem intimidade com os jogos: “Conhecia esses esportes de nome, aprendi as regras e o jogo com a equipe”

Como comandar uma modalidade sem antes  ter intimidade com ela? Esse foi o desafio do educador físico Marcelo Moda, funcionário da prefeitura,  quando aceitou coordenar as equipes de bocha e malha de Jundiaí. “Conhecia esses esportes de nome, aprendi as regras e o jogo com a equipe”.
O Jundiaiense de 39 anos acompanhava a paixão do tio pela bocha quando menino, mas nunca praticou. “A bocha é um esporte tradicional na cidade, mas não é incentivado, divulgado. É isso que estou tentando fazer agora”.
Marcelo assumiu a coordenação da equipe em novembro de 2009, com algumas metas: além de popularizar o esporte, ele organiza e une os atletas para treinos e competições. “Gerenciar qualquer tipo de esporte, principalmente em equipe, é complicado, mas  o pessoal aqui ajuda muito”.
Os atletas que formam a equipe de Bocha de Jundiaí, campeã nos últimos Jogos Regionais, é toda formada por atletas da terceira idade. Marcelo destaca que trabalhar com os idosos é, além de um prazer, uma escola. “Além de aprender a jogar bocha, a cada dia eles me ensinam coisas da vida, uma experiência incrível”.
Atualmente, a equipe de Jundiaí está em 1º lugar na Liga Regional de Itu, que envolve 18 cidades. Os atletas disputam também mais quatro campeonatos oficiais: Jogos Regionais, Jogos Abertos, Jori (Jogos Regionais da Melhor idade) e a Copa União.

Novos praticantes: Há duas semanas, Marcelo começou a dar aulas de bocha para crianças no Centro Esportivo Antônio Lima, no bairro da Agapeama. “Cerca de 20 crianças estão tendo aula comigo. E é ótimo. Elas se animaram e espero que se tornem praticantes do esporte”.
Também há aulas de bocha para mulheres. 14 senhoras praticam a modalidade no Dal Santo, na Vila Rami. “Elas utilizam a bocha como forma de confraternização. Depois dos treinos, elas sempre levam comes e bebes e ficam conversando”, conta.

Origem: A bocha surgiu na Itália, ainda no período do Império Romano com o nome de “boccie”. Com a expansão do Império, foi levada aos territórios dominados.

As regras são simples: A partida é composta por duas equipes. Cada uma tem quatro bolas grandes chamadas de "bocha" que precisam chegar o mais perto possível da bola pequena de aço, chamada “balim”.
“A bocha lembra muito aquele esporte das Olimpíadas de Inverno, o curling. Envolve muita estratégia. É como se fosse um jogo de xadrez na quadra”, diz Marcelo.
Há 3 tipos principais de bocha: sintética, de carpete e de rafa. A primeira, é usada para competições. Em Jundiaí há duas chancas sintéticas, a dos centros esportivos Antônio Lima e Dal Santo. Quanto aos outros tipos, a bocha de carpete é a mais jogada em Jundiaí, “e acho que apenas aqui. É coisa muito antiga, da colônia italiana, a gente acha essas canchas dentro de chácaras”. Já a bocha de rafa é praticada em saibro, rara de se ver aqui.
O Coordenador da equipe destaca que a bocha não é apenas um esporte, é cultura. “Resgatar a bocha em Jundiaí é resgatar a cultura e a história da colônia italiana na cidade. E é isso que estamos fazendo”.

Quem é e o que faz:Nome: Marcelo ModaIdade: 39 anos
Profissão: Coordenador das equipes de Bocha e Malha de Jundiaí

Internet ajuda na  divulgação
Para difundir as modalidades que coordena, Marcelo Moda montou e administra o site Bocha & Malha. Lá, há a história dos dois esportes, fotos das equipes de Jundiaí,  regras das competições oficiais e até mesmo vídeos para quem quer começar a praticar as modalidades e não entende nada do jogo. “A criançada que está aprendendo a jogar adora. Eles entram no site e mexem em tudo, querem saber mais sobre o esporte”, diz.
No site há até músicas em homenagem à Bocha. Em uma competição, Marcelo ouviu uma equipe do sul do país cantando a música. Entrou em contato com eles para ter mais informações e até conseguir o material, mas não teve sucesso. Ele foi atrás das rádios da cidade do interior do Paraná, até que conseguiu a música em uma delas. “Foi uma vitória para mim conseguir a música e pôr no site. Isso mostra que a bocha não é só um esporte, é cultura também”.

O endereço do site é: ww.bochaemalha.no.comunidades.net.

fonte: Agência Bom dia, Julio Monteiro - jornal Bom Dia Jundiaí - edição 28/Março/2011

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